domingo, 17 de novembro de 2013

A ilha do Corvo

Eu nadava nas águas profundas dos Açores com um grupo de mergulhadores mas não usava fato nem botija de oxigénio. Eles identificaram cada espécie de golfinho que, à nossa volta, saltou fora de água em acrobacias aos círculos. 
Delirava com a ideia de liberdade total, as minhas pernas soltas no vazio a nadar onde passam as baleias.
Nadámos sem parar da ilha Terceira até ao Corvo, o que equivale certamente a muitas milhas náuticas. 
Íamos em missão: havia um déspota a aterrorizar os habitantes. 
Os trabalhadores eram explorados e as marmotas estavam a entrar em extinção. 
As marmotas eram uns mamíferos estranhos, tipo malas de avião com pijamas de felpo cor de salmão vestidos. 
O cenário era apocalíptico como no filme, localizámos as marmotas e os trabalhadores.
O tirano dizia "Eu sou o dono da ilha". 
Era o mesmo que me disse "Eu sou o dono do prédio".
Eu comandava a expedição. 

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