sábado, 12 de março de 2011

Carta sem selo

Caro senhor
Eu não sei como lhe diga,
como me explicar,
mas habituada a vê-lo seguro
tão eloquente e bem falante,
vê-lo assim, a dar-se à ternura,
eu não sei que me parece
o encontrá-lo tão sentimental.
Olhe, é piegas, embaraçoso,
como surpreendê-lo ao espelho
vestindo a roupa da sua mãe
achá-lo com um buraco na meia
ou então topar-lhe
um selinho na cueca.

1 comentário:

Anónimo disse...

por vezes é bom quebrar algo que inicialmente parecia inquebrável, não é?

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