Quando as fundações da montanha mágica cederam houve uma mão que
agarrou a nossa e, sem garras mas com vigor, sustentou o frágil
edifício, quase ruínas, que nós fomos.
A comunhão de um sentimento telúrico, talvez a dois tempos, juntou a necessidade com a vontade e indicou-nos o caminho a seguir.
Por agora escrevemos com desamor, mas com amor agradecemos que esta alma de tirana natureza se deixe acompanhar. Esperamos, sinceramente, ter força e habilidade para subir as ladeiras do caminho, assim como para não nos deixarmos por ele dominar.
O edifício fragilizado está hoje em avançadas obras de recuperação.
Talvez a melancolia desapareça e um dia haja espaço para sermos sinceros.
Talvez nesse dia, francamente, nos apeteça deixar de escrever.
Entretanto, muito agradecidos, vamos por este caminho fora contando o que nós somos.
Da montanha, com amor.
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