domingo, 5 de maio de 2013

Da montanha com desamor

Quando as fundações da montanha mágica cederam houve uma mão que agarrou a nossa e, sem garras mas com vigor, sustentou o frágil edifício, quase ruínas, que nós fomos. 

A comunhão de um sentimento telúrico, talvez a dois tempos, juntou a necessidade com a vontade e indicou-nos o caminho a seguir. 

Por agora escrevemos com desamor, mas com amor agradecemos que esta alma de tirana natureza se deixe acompanhar. Esperamos, sinceramente, ter força e habilidade para subir as ladeiras do caminho, assim como para não nos deixarmos por ele dominar. 

O edifício fragilizado está hoje em avançadas obras de recuperação.
Talvez a melancolia desapareça e um dia haja espaço para sermos sinceros.
Talvez nesse dia, francamente, nos apeteça deixar de escrever. 

Entretanto, muito agradecidos, vamos por este caminho fora contando o que nós somos.
Da montanha, com amor.

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