Sem se alongar muito por histórias de miséria humana que nos
invadem a alma de tristeza e de algum nojo, talvez
sem reparar nos corpos
nauseabundos, metalizados lentamente pelo tempo, roupas sujas e higiene que não
podemos sequer imaginar,
sem querer ouvir os relatos que não lhe contam nem receber
as bênçãos que têm para lhe dar,
num ritual mais divino que humano, lava-os, deita-os e,
enquanto os penteia e acaricia, entoa canções de embalar.
Recebe assim amor quem por amor mendiga.
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