quarta-feira, 6 de abril de 2011

Do pragmatismo

O rapaz que escrevia
bilhetinhos de amor
és tão bonita
quero conhecer-te
(no verso tentativa do
retrato de perfil)
os bilhetinhos
por baixo da porta
toca e foge,
assinado:
o pedro,
teu admirador secreto.
O rapaz que escrevia
os bilhetinhos
também assobiava às raparigas
da rua e não consta que
se tenha suicidado de
desamor ou que tenha
vertido
duas lágrimas sequer.

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