quarta-feira, 29 de abril de 2009

Iruña

Ontem chegámos mesmo a Espanha.
E foram oito horas de carro só para isto.
Já não há fronteira e eu nunca gostei dos caramelos.
Gostava mesmo era do quarto andar do Inglês Cortado
e de todos os peluches que recebi.
Chicas tombadas e móteis de beira de estrada.
Já sabemos quanto custa a denúncia de não usar cinturão.
A paisagem entre nós.
Montanhas e campos.
Eu a insistir na banda sonora.
Tu a insistires no silêncio do motor.
Bananas no banco de trás.
Montanhas e campos.
Restaurante-cafetaria e camionistas.
Parece mesmo que estamos no Texas
(não fossem os chouriços dependurados às moscas
e poder fumar-se em todo o lado).

Estamos em terra de padres e seitas
mas hóstia aqui é um palavrão.
E eu nunca pensei subir tão alto como um 13º andar
mas parece que
comer especialidades claustrais
de conventos tirsenses
ajuda à ascensão.

(trabalho na minha obra de redenção
com bolachas de côco e gengibre).

2 comentários:

Luís de Medranhos disse...

E agora o regresso,
A saudade ao vos ver partir,
A longa viagem que nos separa,
Retalhos de vida quotidiana a surgir.

Já não há despertar conjunto,
Trocas de camas pela manhã
Já não vais e ela fica
Já não passeamos amanhã.

O Chico chamou-me para os desenhos
No inicio do assado programado
Fim-de-semana já se foi,
no comboio para Vigo encaminhado

Não poderíamos continuar assim?
Foi muito bom ter-vos por cá,
Mais palavras para quê?
Esperemos por amanhã.

Geor disse...

Luís de Medranhos, Rei de Navarra e arrabaldes, foi bom estar contigo. Agora fazes quadrinhas?
O Chico estraga-te.
Um beijo.