Já atravessámos uma fronteira a pé.
De mochila às costas e mãos vazias.
E eu vi mulheres de vestidos compridos
Que ocultam tudo
Pacotes de arroz, farinha, leite
Detergente da louça.
Vi clandestinos
Escondidos em socalcos
Em encostas de terra e de lixo.
E nunca tive medo
Que me roubassem o passaporte.
Porque eu tinha as mãos vazias.
E uma identidade tatuada mais fundo.
Inscrita dentro de mim.
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